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Como a cultura de dados fortalece a governança tributária nas grandes empresas

Written by ATVI | Jul 10, 2025 2:56:47 PM

 

A transformação digital vem mudando como as empresas lidam com seus processos inclusive na área fiscal. Diante de um cenário mais regulado, a cultura de dados se torna, portanto, um pilar essencial para uma governança tributária eficaz nas grandes corporações.

O que é cultura de dados?

A cultura de dados representa o hábito corporativo de tomar decisões baseadas em dados concretos, e não em intuições ou experiências isoladas. Nas grandes empresas, essa cultura requer sistemas integrados, governança da informação e profissionais capacitados para extrair valor dos dados disponíveis. 

A conexão entre dados e governança tributária

Governança tributária é o conjunto de políticas, processos e controles adotados para garantir a conformidade com a legislação fiscal. Nesse sentido, com o volume de obrigações acessórias, cruzamentos de dados e auditorias digitais em constante crescimento, trabalhar com dados estruturados deixou de ser apenas uma tendência e se tornou uma necessidade. 

Por meio da cultura de dados, as empresas garantem maior transparência fiscal, detectam falhas em tempo real e tomam decisões estratégicas com base em análises assertivas.

Benefícios da cultura de dados na área tributária

Nas grandes empresas, os impactos da cultura de dados se evidenciam em diversos pontos:

  • Redução de riscos fiscais: com dashboards atualizados e dados confiáveis, erros de apuração e envio de obrigações são minimizados.
  • Eficiência nos processos: automatizações baseadas em dados facilitam a entrega de obrigações e a geração de relatórios de compliance.
  • Antecipação a auditorias: sistemas inteligentes permitem a identificação proativa de inconsistências, fortalecendo a defesa em fiscalizações.

O papel da tecnologia nesse processo

A consolidação de uma cultura de dados exige, antes de tudo, tecnologias robustas, como ERPs integrados, softwares fiscais e ferramentas analíticas. Isso porque esses recursos conectam dados contábeis, fiscais e financeiros, possibilitando, assim, uma visão unificada da operação tributária.

Além disso, soluções baseadas em inteligência artificial vêm ganhando cada vez mais espaço, tanto na previsão de riscos quanto no monitoramento contínuo de regras tributárias.

Novos desafios no contexto da Reforma Tributária

Com a chegada do IBS, CBS e IS, as empresas precisarão adaptar seus sistemas à nova lógica de apuração e envio de informações. Nesse contexto, a cultura de dados se torna ainda mais relevante, especialmente durante esse momento de transição, pois ajuda as organizações a compreenderem o impacto das mudanças em tempo real e, consequentemente, a implementarem ajustes com mais segurança.

Por outro lado, empresas que não estiverem preparadas para utilizar dados como ferramenta estratégica correm sérios riscos de enfrentar falhas de compliance, retrabalhos e penalidades. 

Como implementar uma cultura de dados na área fiscal

A adoção dessa mentalidade começa por etapas como:

  • Capacitação do time fiscal e contábil para uso de ferramentas analíticas;
  • Definição de KPIs e métricas fiscais acompanhadas via dashboards;
  • Criação de fluxos de validação de dados antes do envio de obrigações;
  • Integração entre áreas, promovendo o compartilhamento de informações.

Além disso, contar com consultorias especializadas pode acelerar a maturidade de dados nas áreas fiscais.

Conclusão

A cultura de dados é muito mais do que uma tendência tecnológica; na verdade, ela representa um diferencial competitivo na governança tributária. Além disso, ao investir em tecnologia, qualificação de pessoas e gestão estratégica da informação, as grandes empresas não apenas ampliam sua capacidade analítica, como também conquistam maior controle, agilidade e segurança. Dessa forma, conseguem se adaptar com mais eficiência frente a um ambiente fiscal cada vez mais dinâmico e exigente. 

Redação Atvi

  1. Receita Federal do Brasil – Guia de governança tributária
  2. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) – Boas práticas de governança em tributos
  3. Gartner – Tendências em analytics e cultura de dados corporativa
  4. Deloitte – Relatório “Tax Transformation Trends 2024”
  5. Confederação Nacional da Indústria (CNI) – Transformação digital e compliance fiscal no Brasil