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Nota Fiscal de Serviço Eletrônica Nacional: o que muda e como sua empresa deve se preparar

Written by ATVI | Sep 4, 2025 9:14:04 PM

A modernização trazida pela Reforma Tributária e pelos convênios firmados entre União, estados e municípios marca um novo capítulo para a gestão fiscal das empresas. Um dos pilares dessa mudança é a criação da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica Nacional (NFS-e Nacional), um modelo padronizado que promete simplificar o recolhimento do ISS e a emissão de documentos fiscais de serviços em todo o Brasil.

O que é a Nota Fiscal de Serviço Eletrônica Nacional?

A NFS-e Nacional é um documento fiscal eletrônico padronizado, criado para substituir os diferentes modelos de nota fiscal de serviços utilizados atualmente pelos municípios.

Ela foi desenvolvida em conjunto pela Receita Federal, Associação Brasileira das Secretarias de Finanças (ABRASF), Sebrae, Serpro e entidades representativas dos municípios. Além disso, o projeto contou com apoio técnico para garantir uniformidade no processo.

Dessa forma, o novo modelo permitirá que empresas e prestadores emitam suas notas fiscais de serviço em um portal único nacional. Assim, haverá maior integração entre União, estados e municípios, o que, portanto, simplifica o cumprimento das obrigações fiscais.

Por que a mudança é importante?

Atualmente, cada município possui seu próprio sistema de emissão de NFS-e, o que gera custos e complexidade para empresas que atuam em diferentes localidades.

Com a padronização, a emissão será feita em um formato único, reduzindo redundâncias, facilitando o cumprimento das obrigações fiscais e aumentando a transparência.

Entre os principais benefícios estão:

  • Simplicidade: um único leiaute nacional de NFS-e.
  • Automação: integração com sistemas de gestão via API nacional.
  • Transparência: todas as notas ficam registradas em um repositório nacional (ADN).
  • Segurança: maior rastreabilidade e cruzamento de informações em tempo real.
Todos os municípios irão aderir?

A adesão ainda é gradual. Até agosto de 2025, cerca de 1.463 municípios já haviam assinado o convênio com a Receita Federal, sendo que 291 já estavam em operação efetiva.

No entanto, a adesão se tornará obrigatória a partir de janeiro de 2026, quando todos os municípios deverão estar integrados ao padrão nacional.

Durante o período de transição, muitas empresas ainda conviverão com modelos híbridos, já que alguns municípios ainda utilizam seus sistemas próprios.

Quais os impactos para as empresas?

As mudanças exigem preparação técnica e organizacional. Entre os pontos de atenção estão:

  • Sistemas de gestão fiscal: precisam estar integrados ao novo Portal Nacional.
  • Atualização de cadastros: informações como CNAE e regras de tributação do ISS devem estar corretas.
  • Treinamento da equipe contábil: a emissão terá novas regras e layouts.
  • Processos internos: será necessário garantir a integridade e a rastreabilidade dos dados.

Para empresas que prestam serviços em diversos municípios, o impacto será ainda maior, pois elas precisarão organizar cronogramas de adaptação de acordo com a adesão de cada localidade.

E os prazos?

  • MEI (Microempreendedor Individual): desde abril de 2023 já está obrigado a emitir a NFS-e Nacional, independentemente de convênio municipal.
  • Municípios: a adesão é facultativa até 2025, mas torna-se obrigatória em janeiro de 2026.
  • Empresas em geral: precisam se preparar para a migração até 2026, acompanhando o cronograma definido por cada município.

A Receita Federal já anunciou que haverá ambiente de homologação, projeto-piloto e fases de adaptação para reduzir riscos durante a transição. 

Como se preparar?

As empresas que desejam se antecipar podem adotar desde já algumas medidas:

  • Realizar um diagnóstico completo das rotinas fiscais.
  • Verificar a qualidade dos dados cadastrais (CNAE, ISS, endereços, códigos de serviço).
  • Implementar soluções de automação para envio e recepção de notas.

Acompanhar os comunicados da Receita Federal e das prefeituras sobre adesão e prazos.

Modernização fiscal exige estrutura e tecnologia

A Atvi oferece soluções integradas para preparar a estrutura fiscal das empresas diante das mudanças trazidas pela NFS-e Nacional. Nesse sentido, a companhia se posiciona como parceira estratégica na adaptação às novas exigências.

Ferramentas como o ONESOURCE DFE Plus (gestão de documentos fiscais eletrônicos) e o Portal InterAtvi permitem automatizar, organizar e validar informações com maior segurança e rastreabilidade. Dessa forma, os processos se tornam mais ágeis e confiáveis.

Além disso, a Consultoria Especializada da Atvi atua junto às áreas fiscais e contábeis para garantir conformidade desde o cadastro até os novos leiautes exigidos. Portanto, as empresas ganham suporte completo para enfrentar essa transição com tranquilidade. 

Conclusão

A NFS-e Nacional representa, portanto, um verdadeiro divisor de águas na gestão fiscal de serviços no Brasil. Sua padronização não apenas vai reduzir custos, mas também vai aumentar a transparência e, além disso, simplificar a vida das empresas.

Assim, quanto antes sua empresa se preparar, maiores serão as chances de aproveitar plenamente os benefícios dessa modernização tributária e, consequentemente, evitar riscos de não conformidade. 

 

 

Redação Atvi

  1. Receita Federal do Brasil – Portal da NFS-e Nacional (2025)
  2. Emenda Constitucional nº 132/2023 – Senado Federal
  3. ABRASF – Informativos sobre a NFS-e Nacional
  4. Confederação Nacional dos Municípios – Posicionamento sobre adesão ao convênio
  5. Resolução CGSN nº 169/2022 – Obrigatoriedade da NFS-e Nacional para MEIs