São funções do departamento de tax escriturar as movimentações tributárias, além de gerir as emissões de notas fiscais e garantir que todos os impostos sejam pagos corretamente e na data certa.
Por se tratar de um setor extremamente burocrático, durante muito tempo o profissional dessa área se viu dedicando boa parte do seu expediente para levantar informações e fazer cálculos. Com a chegada de uma nova era tecnológica, muitas possibilidades surgiram para facilitar esse processo.
Mas será que realmente é possível digitalizar esse departamento? Será que a robotização na área fiscal é mesmo mais eficiente que a humana e vale a pena o investimento?
Para Tiago Figo, Diretor de tax da C&A Brasil, “com a robotização conseguimos trazer uma produtividade imensa, fazendo com que o tempo desses profissionais possa ser alocado para atividades de valor agregado muito maior.. Porém, para que o processo seja bem implementado, é necessário conhecer o contexto e a realidade de cada companhia”, afirma.
Um dos fatores que mais interferem no processo de robotização é justamente a organização do sistema já utilizado pela empresa. Migrar algo que no seu funcionamento com humanos já não é tão bem definido e não tem diretrizes totalmente claras pode ser um caminho bem tortuoso.
Por outro lado, investir esse tempo para primeiro organizar o setor e depois fazer a robotização pode ser muito demorado. “É melhor fazer tudo de uma vez só. Tem empresa que gasta muito tempo nesse primeiro objetivo, e depois na hora de fazer o processo em si, ainda tem que reajustar muita coisa”, explica Ana Lídia Cunha, sócia da área de consultoria e planejamento tributário da Vaz de Almeida Advogados e professora da Live University.
Durante essa trajetória, é diminuído o tempo de profissionais dedicados à operação, que passam a se dedicar muito mais aos processos de análise. Com isso, surge uma oportunidade no mercado de trabalho, que passa a exigir colaboradores que entendem esse novo momento para o profissional de tax e estejam dispostos a se adaptar. Como em todos os outros setores, os que não quiserem se adaptar, provavelmente acabarão ficando para trás.