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Tendências do Varejo para 2024: Desafios e Oportunidades

Crescimento do Varejo em 2023 e Perspectivas para 2024: Análise e Previsões

O varejo brasileiro tem sido objeto de observação cuidadosa, especialmente no que diz respeito ao seu desempenho ao longo de 2023 e as perspectivas para o ano de 2024. Uma análise detalhada revela uma série de fatores que influenciaram seu crescimento recente e fornecem insights valiosos sobre o que podemos esperar no futuro próximo.

 

Desempenho 2023

O ano de 2023 testemunhou um crescimento modesto no varejo brasileiro em comparação com anos anteriores. Com um aumento de 1,7% no conceito restrito e 2,4% no conceito ampliado, os resultados foram positivos, porém não tão robustos quanto os registrados em períodos anteriores. Esse crescimento, embora modesto, foi influenciado por uma variedade de fatores, com destaque para as atividades relacionadas ao crescimento da renda.

No entanto, é interessante notar a heterogeneidade no desempenho entre diferentes setores do varejo, o que pode ser atribuído, em parte, ao impacto defasado das restrições durante a pandemia. Enquanto alguns segmentos registraram um crescimento notável, outros enfrentaram desafios significativos.

 

Perspectivas para 2024

Olhando para o futuro, há um otimismo mais disseminado no setor varejista para o ano de 2024. Segundo a Sondagem do Comércio do FGV IBRE, as empresas demonstram um ambiente de negócios positivo, especialmente aquelas ligadas a atividades comerciais relacionadas à renda. Este otimismo é impulsionado pela expectativa de uma melhoria no ambiente macroeconômico e nas condições do mercado de trabalho.

No entanto, as perspectivas para os setores mais sensíveis ao crédito são um pouco menos favoráveis, refletindo preocupações com indicadores associados ao crédito, como confiança dos consumidores e taxas de inadimplência.

É importante notar que, embora haja um sentimento geral de otimismo, algumas empresas permanecem cautelosas em relação a 2024, citando incerteza econômica e falta de confiança na política econômica do governo como preocupações-chave.

 

Tendências: Adaptação, Inovação e Desafios

Durante o ano anterior, as lojas físicas se mostraram mais relevantes do que nunca, não apenas como locais de compra, mas também como espaços de experiência e interação com os consumidores. A retomada do fluxo nos shoppings e escritórios indicou uma tendência de recuperação, embora o consumidor esteja demonstrando uma maior adaptabilidade ao ambiente digital. O e-commerce, apesar de sinalizar uma desaceleração na última Black Friday, manteve-se em patamares elevados em comparação ao período pré-pandemia.

À medida que nos aproximamos de 2024, é crucial para os varejistas entenderem e se adaptarem às tendências emergentes que moldarão o setor nos próximos anos.

 

Tecnologia, Mídia e Inteligência Artificial (IA)
  • Integração da IA nos Negócios: Em 2024, a inteligência artificial influenciará áreas como análise de crédito, alocação de pessoal, sortimento e estoque, proporcionando uma vantagem competitiva para os varejistas.

 

  • Lojas Físicas como Mídia: As lojas físicas se tornam um canal de comunicação adicional, onde os varejistas podem realizar ativações de marca, oferecer experiências interativas e até mesmo criar conteúdo digital para ser compartilhado nas redes sociais. Em vez de apenas vender produtos, as lojas físicas agora têm o potencial de envolver os clientes de forma mais profunda e criar conexões emocionais com as marcas.

 

  • Presença Digital e Canais Conversacionais: Uma forte presença digital e a adoção de canais conversacionais como o WhatsApp são essenciais para atrair e reter clientes, oferecendo uma experiência personalizada e conveniente.

 

  • Retail Media e Parcerias com Criadores de Conteúdo: O retail media e as parcerias com criadores de conteúdo oferecem oportunidades significativas para os varejistas alcançarem seu público-alvo de maneira eficaz e aumentarem sua visibilidade no mercado.

 

Lojas Menores e Mais Inteligentes
  • Revisão do Tamanho dos Pontos de Venda: Com o retorno gradual dos consumidores aos shoppings, espera-se uma revisão do tamanho dos pontos de venda, com foco na eficiência e na oferta de uma experiência diferenciada.

 

  • Papel da Tecnologia de Dados e IA: A tecnologia de dados e a inteligência artificial desempenharão um papel fundamental na tomada de decisões dos varejistas, permitindo uma gestão mais inteligente dos negócios.

 

Consolidação de Novos Pontos de Venda
  • Diversificação das Estratégias de Expansão: A adoção de pontos alternativos de venda, como strip malls, aeroportos e estações de trem, reflete uma busca por uma maior proximidade com os consumidores e uma profissionalização do varejo de proximidade.
    A profissionalização do varejo de proximidade é impulsionada pela demanda dos consumidores por uma experiência de compra mais conveniente e personalizada, levando a um varejo mais multicanal e orientado para o cliente.

 

Consumo Impulsionado pela Queda nos Juros
  • Retorno ao Consumo de Itens de Maior Valor: Com a redução dos juros e o aumento da disponibilidade de crédito, espera-se um aumento no consumo de itens de maior valor, como eletrônicos e eletrodomésticos, embora a polarização entre varejo de luxo e de itens mais acessíveis também se intensifique.

 

Impactos da Reforma Tributária

A Reforma Tributária é um tema de grande relevância para o Varejo Nacional, trazendo consigo mudanças substanciais que podem impactar diretamente as empresas do setor. Vamos explorar esses impactos e discutir estratégias para se preparar e adaptar:

  • Consolidação dos impostos federais (IPI, PIS e COFINS) em um único Imposto sobre Valor Adicionado (IVA).

 

  • Unificação do ICMS estadual e do ISS municipal no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

 

  • Fim dos Benefícios Fiscais: Setores, incluindo o Varejo, que dependem de incentivos fiscais serão afetados diretamente.

 

  • Transparência e Clareza: A reforma trará maior transparência nas regras tributárias, exigindo das empresas uma compreensão mais profunda e ajustes nos processos.

 

  • Redução de Custos: A eliminação da incidência em cascata pode reduzir custos de produção, tornando as empresas que otimizarem seus processos mais competitivas.

 

  • Tributação no Local de Consumo: A mudança para tributação no estado ou município de consumo pode resultar em discrepâncias de preços entre áreas, influenciando o comportamento de compra.

 

  • Fim da Guerra Fiscal: Com o fim dos benefícios fiscais e da chamada “guerra fiscal”, empresas precisam revisar suas operações e considerar a diversificação geográfica para minimizar impactos negativos.
    Revisão de Processos e Fluxos de Trabalho: Atribuir tributação ao local de consumo demanda uma reavaliação dos processos de distribuição e venda.

 

Estratégias para Preparação e Adaptação
  • Análise de Benefícios Fiscais: Realizar uma análise detalhada dos impactos financeiros dos benefícios fiscais e desenvolver planos de contingência para mitigar os efeitos negativos.

 

  • Investimento em Tecnologia: Investir em sistemas de gestão integrados e tecnologia de ponta para facilitar a adaptação às mudanças tributárias e garantir o cumprimento das obrigações fiscais.

 

  • Recuperação de Créditos Tributários: Requer uma abordagem abrangente que inclui auditoria interna detalhada, identificação de benefícios fiscais, revisão minuciosa da documentação e colaboração com especialistas contábeis.
    Por meio de uma auditoria tributária interna, a empresa pode identificar oportunidades de recuperação de créditos não utilizados e erros nos registros fiscais, otimizando seus recursos financeiros. Ao aproveitar os benefícios fiscais específicos do setor e da localização da empresa, é possível reduzir a carga tributária de forma significativa, contribuindo para uma gestão fiscal mais eficiente e uma economia substancial em impostos.

 

  • Planejamento Tributário Estratégico: É fundamental analisar o impacto das mudanças tributárias nas finanças da empresa, avaliar os diferentes regimes tributários disponíveis e renegociar preços de compra e venda para mitigar os efeitos da reforma tributária nos custos operacionais.

 

Em meio às mudanças iminentes trazidas pela Reforma Tributária, fica evidente a importância de uma gestão fiscal e tributária eficaz para as empresas do setor varejista. A capacidade de se adaptar rapidamente às novas regulamentações e antecipar os impactos tributários é essencial para garantir a competitividade e sustentabilidade no mercado.

Uma gestão fiscal e tributária bem executada não apenas garante conformidade legal, mas também oferece oportunidades para otimização de custos, maximização de benefícios fiscais legítimos e identificação de oportunidades de crescimento. Ao investir em tecnologia, capacitação da equipe e processos eficientes, as empresas do varejo podem se posicionar de forma mais sólida diante das mudanças do cenário tributário.

Portanto, é fundamental que as empresas do Varejo Nacional estejam proativamente engajadas na gestão de suas obrigações fiscais e tributárias, buscando sempre aprimorar suas práticas e estratégias.

Aqueles que priorizam uma boa gestão fiscal e tributária não apenas se adaptarão mais facilmente às mudanças, mas também estarão preparados para capitalizar as oportunidades que surgirem, promovendo o crescimento sustentável e a inovação no setor varejista.

 

https://atvi.com.br/tendencias-do-varejo-para-2024-desafios-e-oportunidades/

 

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