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Acordo Mercosul–União Europeia: estratégias para competir na nova fronteira do comércio global

Após mais de duas décadas de negociações, o tão esperado acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia está prestes a sair do papel. Se concretizado, ele dará origem a um dos maiores blocos comerciais do planeta, reunindo mais de 700 milhões de pessoas e representando cerca de 26% do PIB global.

 

Um marco histórico, sem dúvida, mas também um teste de maturidade para as empresas brasileiras e seus parceiros regionais.

 

Nos últimos anos, a União Europeia tem elevado o padrão de exigências comerciais, com foco em sustentabilidade, rastreabilidade e responsabilidade social. Novas regulamentações impõem auditorias rigorosas nas cadeias de suprimentos, especialmente em áreas como preservação ambiental, tecnologias de despacho aduaneiro e gestão de risco.

 

Como efeito, empresas que investirem em transparência, inovação tecnológica e processos logísticos mais eficientes estarão melhor posicionadas para conquistar relevância global e ampliar sua competitividade.

 

Vamos analisar o que está em jogo, os principais impactos para o setor privado e, sobretudo, como se preparar para essa nova fronteira do Comércio Exterior.

 

Ambientalismo e novas oportunidades

Boa parte dos obstáculos à ratificação do acordo Mercosul–União Europeia está diretamente ligada ao endurecimento das exigências ambientais. Três dos principais mecanismos regulatórios que ilustram essa tendência são:

  • CS3D (Corporate Sustainability Due Diligence Directive)
  • CBAM (Carbon Border Adjustment Mechanism)
  • EUDR (EU Regulation on Deforestation-Free Products)

 

No caso da CS3D, por exemplo, empresas ficam impedidas de exportar para a União Europeia produtos como café, soja, cacau e borracha, caso não consigam comprovar, por meio de documentação, que sua produção não está associada ao desmatamento.

 

Essas normas impõem padrões elevados de transparência, rastreabilidade e responsabilidade socioambiental em toda a cadeia de suprimentos. Para os países do Mercosul, isso representa tanto um desafio quanto uma oportunidade de adaptar seus produtos.

 

Um exemplo prático: uma siderúrgica brasileira que substitua o carvão mineral por carvão vegetal proveniente de reflorestamento poderá não apenas reduzir custos de exportação, como também se posicionar como fornecedora preferencial em um mercado cada vez mais orientado por critérios ESG.

 

Uma região com potencial único

O Mercosul representa uma região com atributos inestimáveis no cenário global. Líder em tecnologias limpas e produção de biocombustíveis, o bloco desponta como parceiro natural para a diversificação geográfica da indústria e do comércio.

 

Energia renovável

Uruguai e Paraguai operam com matrizes elétricas praticamente 100% renováveis. O Brasil, por sua vez, conta com uma matriz energética 85% verde, números que superam com folga a média da União Europeia, que gira em torno de 39%.

 

Powershoring

Indústrias intensivas em energia (como aço, fertilizantes, vidro, cerâmica, celulose, papel e produtos químicos) estão migrando parte de sua produção para regiões onde a energia renovável é abundante e acessível. Esse movimento, conhecido como powershoring, transforma o Mercosul em um destino natural para empresas globais que buscam reduzir emissões sem comprometer a competitividade.

 

Créditos de carbono

A combinação de biodiversidade única, florestas extensas, biomassa e terras férteis confere ao Mercosul um dos maiores potenciais de geração de créditos de carbono do planeta. Esses ativos, negociados em mercados internacionais, são instrumentos valiosos para empresas e países que precisam cumprir metas de redução de emissões.

 

Como aproveitar as novas oportunidades

Para que acordos internacionais gerem benefícios reais, é preciso olhar além da abertura tarifária. A modernização dos processos aduaneiros se torna estratégica para acelerar operações, ampliar a previsibilidade e reduzir riscos.

 

Isso passa por temas como:

  • Integração entre órgãos de governo e empresas
  • Interoperabilidade de sistemas
  • Uso de dados para gestão de risco
  • Reconhecimento de Operadores Econômicos Autorizados (OEA)

 

No dia a dia dos operadores de COMEX, isso significa menos tempo gasto com burocracia e mais energia dedicada ao planejamento logístico e antecipação de cenários.

 

Empresas que conseguirem transformar novas exigências em processos mais inteligentes terão ganhos imediatos de eficiência, e estarão preparadas para disputar espaço no mercado europeu.

 

Conectando conhecimento, tecnologia e prática

Mais do que simplesmente atender exigências regulatórias, as empresas precisam construir operações capazes de sustentar o crescimento com previsibilidade e segurança. Isso exige uma integração sólida entre processos, tecnologia e conhecimento especializado.

 

Na prática, soluções digitais que se conectam perfeitamente aos principais ERPs do mercado tornam os fluxos aduaneiros mais ágeis, eliminam redundâncias e reduzem riscos operacionais. A aplicação automatizada de normas internacionais garante eficiência e assegura a continuidade do negócio mesmo em períodos de instabilidade.

 

Na Adejo, seguimos esse caminho, combinando a expertise dos profissionais mais qualificados do mercado com plataformas tecnológicas robustas. Dessa forma, fortalecemos o compliance nas operações de Comércio Exterior e proporcionamos um ambiente seguro, ágil e adaptável, que prepara nossos clientes para competir em novos mercados.

 

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