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Como a reforma tributária afeta a estratégia fiscal das empresas no médio e longo prazo

 

A Reforma Tributária é, sem dúvida, um dos temas mais relevantes no cenário corporativo atual. Com impactos que se estendem para muito além da adaptação operacional, ela exige uma reestruturação fiscal profunda nas empresas brasileiras.

Ao substituir tributos como ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI por impostos como IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IS (Imposto Seletivo), o governo propõe um modelo mais simples e moderno¹.

Contudo, as mudanças exigem uma revisão das estratégias fiscais, especialmente no médio e longo prazo.

Revisão da política de créditos fiscais

No modelo atual, empresas desenvolvem suas estratégias fiscais baseadas no aproveitamento de créditos tributários.
Com a criação do IBS e da CBS, o mecanismo de créditos será mantido, mas com novas regras.

A gestão eficaz desses créditos passa a ser ainda mais estratégica, exigindo controle rigoroso e planejamento estruturado para garantir competitividade a longo prazo².

Redesenho da cadeia de suprimentos

A mudança no sistema de cobrança e na origem dos tributos influencia diretamente a escolha de fornecedores e a logística.
Empresas que operam em diferentes estados, por exemplo, precisam reavaliar sua estrutura para evitar aumento da carga tributária ou perda de créditos.

Essa reorganização impacta as decisões de médio prazo relacionadas a transporte, armazenamento e até contratos com parceiros³.
a e possível bitributação.

Planejamento tributário de longo prazo

Com o novo regime, o planejamento tributário precisa ser mais dinâmico e atento à legislação complementar. Estratégias que hoje são eficazes podem se tornar inviáveis após a implementação plena da reforma.

Empresas que desejam manter saúde financeira e conformidade precisarão de equipes especializadas e atualização constante sobre as normas em vigor.

Investimentos em tecnologia e conformidade

A apuração correta do IBS e da CBS exigirá novos parâmetros fiscais, integração de sistemas e automação de processos. Empresas que não se prepararem para essas demandas podem sofrer com autuações e perda de eficiência.

A transformação digital, portanto, deixa de ser uma tendência e passa a ser um pré-requisito para acompanhar as obrigações fiscais da nova era⁴.

Impactos nos preços e na precificação de produtos

A reforma também afeta diretamente a forma como empresas precificam seus produtos e serviços. A eliminação de tributos em cascata e a possibilidade de créditos mais amplos podem reduzir distorções, mas também exigem ajustes finos nos preços praticados.

A análise de margem, elasticidade de demanda e competitividade do mercado serão elementos-chave na estratégia futura⁵.

A necessidade de atualização contínua

Até 2026, quando se inicia a fase de testes da reforma, e especialmente a partir de 2027 com a aplicação definitiva, as empresas terão um período de transição.

No entanto, isso não significa tempo ocioso: o sucesso no médio e longo prazo depende da preparação imediata.

É preciso treinar equipes, reavaliar políticas fiscais e investir em tecnologia que permita acompanhar as transformações com agilidade.

Conclusão

A Reforma Tributária está criando uma nova realidade fiscal no Brasil. Nesse sentido, mais do que uma obrigação legal, trata-se de uma oportunidade estratégica para reestruturar a gestão tributária com foco em eficiência, conformidade e inteligência de longo prazo.

Além disso, a adoção de uma postura proativa, apoiada por tecnologia, planejamento e consultoria especializada, pode, portanto, ser o diferencial entre o crescimento sustentável e a estagnação no novo cenário tributário nacional. 

Redação Atvi

  1. Receita Federal do Brasil – Reforma Tributária: entenda o IBS, CBS e IS
  2. Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) – Crédito tributário e reforma
  3. CNI – Impacto da Reforma Tributária nas cadeias produtivas
  4. Gartner – Transformação digital e automação tributária
  5. IOB Online – Efeitos da reforma na precificação de bens e serviços

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